Este relatório tem aspectos positivos, dos quais destacamos: considerar que a simplificação da PAC não deve resultar em menos apoio aos agricultores e no desmantelamento dos instrumentos tradicionais de gestão dos mercados; a necessidade de alteração das penalizações nomeadamente quanto estas penalizações dizem respeito a incumprimentos que não são da responsabilidade do produtor; a simplificação dos processos de candidatura; as alterações muito positivas ao nível da identificação animal nomeadamente ao nível da identificação dos ovinos e caprinos.
Todavia, a abordagem proposta pelo relator é significativamente orientada para o mercado, para a competitividade, para a "redução do excesso de proteccionismo", aprofundando um sentido de liberalização, com as consequências, desastrosas, bem conhecidas.
Ademais, o documento continua a sustentar o actual modelo de distribuição das ajudas. Manifesta a sua convicção de que a actual definição de actividade agrícola deve ser revista, mas nada propõe para a alteração do actual modelo, injusto, em que se paga para não produzir.
Em resumo, o relatório carece de propostas e medidas de alteração ao modelo da PAC em vigor, desde logo (mas não só) no que se refere à distribuição das ajudas.