Por toda a Europa, os testemunhos das populações e dos trabalhadores do sector convergem numa realidade indesmentível:
A liberalização dos serviços postais, ao contrário do que foi e é proclamado por quem a promoveu e promove, conduziu a uma significativa degradação dos serviços prestados e a um ataque sem precedentes aos direitos e salários dos trabalhadores.
Tal como noutros sectores, à liberalização sucede-se a privatização e a esta a concentração monopolista à escala europeia.
As consequências são visíveis, mesmo nos países em que o processo se encontra ainda em fases mais recuadas:
- Redução da cobertura geográfica e da frequência da distribuição;
- Elevação dos preços e desactivação dos serviços não rentáveis;
- Dumping social e laboral; substituição de postos de trabalho permanentes por trabalhadores temporários, precários, com salários frequentemente abaixo da remuneração mínima nacional.
Por estas razões, populações e trabalhadores unem-se numa luta comum contra a privatização e destruição deste importante serviço público, como sucede em Portugal. Daqui os queremos saudar, valorizar o seu exemplo e assinalar a importância e significado da sua luta.