Áudio
Na ocasião, o Secretário-geral do PCP garantiu que os comunistas empenharão,como até aqui, «todas as suas forças» na luta contra o desemprego, aprecariedade e os baixos salários. Fenómenos que, afirmou Jerónimo de Sousa,não só afectam quem os enfrenta directa ou indirectamente mas prejudicam opróprio País. Com os actuais 700 mil desempregados, realçou, a economianacional vê-se privada de 20 mil milhões de euros anuais.
Com esta campanha, adiantou Jerónimo de Sousa, o PCP pretende esclarecer emobilizar os trabalhadores e a população para a necessidade de lutar por umanova política, que garanta o pleno emprego, a valorização dos direitos dostrabalhadores e o aumento dos salários e pensões.
recisamente o oposto daquilo que está a ser preparado entre o PS e ospartidos da direita para o Orçamento de Estado. O que está em preparação,denunciou, é um orçamento que prossiga e agrave os sacrifícios para ostrabalhadores e permita o aumento dos lucros e dos benefícios para o grandecapital. «Em 2009, os cinco maiores bancos a actuar em Portugal obtiveramlucros de 5,5 milhões de euros por dia.
Reafirmando a sua convicção de que o «nem o País está condenado ao atrasonem o povo está condenado a uma vida pior», Jerónimo de Sousa manifestou aconvicção de que «será a luta a determinar a ruptura com a política dedireita e a impor uma nova política». Nesta luta, garantiu, «podem contarcom o PCP».
Antes, Rui Aldeano, do Comité Central e dirigente regional do Partido, tinhajá alertado para a difícil situação que se vive no distrito, marcada pelosencerramentos de empresas, o aumento da exploração e as dramáticas condiçõesde vida de muitos trabalhadores. O caminho é «resistir e lutarcorajosamente», afirmou. Como têm feito, aliás, os trabalhadores de muitasdas empresas do distrito de Santarém.
A sessão começou precisamente a dar voz a estes trabalhadores. Que, com asua luta, resistem aos desmandos patronais e à indiferença governamental.António Basílio, da Comissão Sindical da *IFM Platex*, destacou a longa edura luta dos trabalhadores desta empresa em defesa dos postos de trabalho,contra o encerramento: «queremos trabalhar e queremos produzir, não queremosengrossar as longas listas de desempregados.» Segundo o sindicalista, nãoforam muitas as portas que se abriram às suas reivindicações – se oMinistério da Economia prometeu intervir em 11 de Dezembro (sem que atéagora tivesse surgido qualquer medida concreta), o Ministério do Trabalho oua Comissão Parlamentar do Trabalho nem sequer recebeu os trabalhadores. OPCP apresentou já um requerimento ao Governo sobre a situação da empresa,que exporta 60 por cento do que produz.
Francisco Lopes, da *João Salvador*, denunciou os 11 meses de salários ematraso e o envio de máquinas desta empresa para Angola.