Gostaria de recordar que há cerca de 20 anos foi iniciado um processo semelhante a este que agora termina (até no nome), a chamada Convenção sobre o Futuro da Europa (2001).
Esse processo acabou por resultar numa dita Constituição Europeia, que consagrava as políticas de cariz neoliberal, federalista e militarista da União Europeia e que foi rejeitada em referendos.
E o que fez a UE?
Impôs o Tratado de Lisboa contra a vontade dos povos.
Recuperam agora uma nova Convenção para, uma vez mais, insistirem num maior aprofundamento das suas políticas, que, na verdade, estão na origem:
- das desigualdades sociais;
- das assimetrias de desenvolvimento entre países;
- ou de relações de domínio versus dependência no seio da UE.
Com a mesma receita, os resultados não serão diferentes.
A resposta aos problemas dos trabalhadores e dos povos passa pela ruptura com estas políticas e por uma Europa que defenda a soberania e a democracia, os direitos, possibilitando caminhos alternativos, de futuro, justiça, progresso e paz.