Apesar da chuva dos últimos dias, grande parte do território português continua em situação de seca severa ou extrema. Com as sanções a pretexto da guerra e com a criminosa especulação, o agravamento da escalada dos preços e a escassez de matérias-primas estão a asfixiar as pequenas e médias explorações agrícolas.
Importa, pois, apoiar os agricultores e mitigar o aumento dos custos de produção, começando desde logo pelo combate à escalada especulativa dos preços dos combustíveis, da electricidade, dos fertilizantes e das rações, enfrentando os monopólios e a grande distribuição, que esmagam os preços na produção nacional.
É também momento de questionar as políticas da PAC e o seu modelo de exploração superintensiva e de monocultura, sorvedor da água que não temos. A água que temos deveria estar a ser usada para os alimentos de que precisamos como de pão para a boca, para a promoção da nossa soberania alimentar e do nosso direito a produzir.
Saudamos daqui os agricultores que amanhã sairão à rua em Braga em defesa da produção nacional e do seu trabalho.