Quando se assinala o Dia Internacional do Enfermeiro, o PCP saúda todos os enfermeiros portugueses, incluindo todos aqueles que procuraram no estrangeiro o emprego e o reconhecimento profissional que lhes foi negado em Portugal.
O PCP sublinha o reconhecimento da generalidade dos portugueses pelo trabalho realizado pelos enfermeiros portugueses na linha da frente do combate ao surto epidémico, pondo em risco a saúde física e psíquica, trabalhando 12 e mais horas, em muitas situações impedidos de contactarem com os familiares mais directos, fazendo a opção, em primeiro lugar pela saúde dos portugueses.
Reconhecimento que não pode ficar pelos aplausos e pelos discursos de circunstância, alguns dos quais proferidos por quem durante anos desvalorizou profissionalmente os enfermeiros, desvalorizou os salários e as carreiras, aumentou os ritmos de trabalho, usando e abusando de horas extraordinárias em geral não pagas nem compensadas.
Os últimos meses demonstraram de forma mais evidente que os enfermeiros são necessários nos serviços agora, mas também para o futuro, contribuindo para o reforço do SNS.
Reforço que exige a urgente contratação de mais enfermeiros, nos hospitais e cuidados de saúde primários, com destaque para o enfermeiro de família, através de contratos de trabalho por tempo indeterminado e pela efectivação dos enfermeiros com contratos de substituição e outras formas de precariedade.
Reforço que passa igualmente pela valorização das carreiras, do salário, da compensação do risco e da penosidade, do reconhecimento do seu importante papel no Serviço Nacional de Saúde.
Neste Dia Internacional do Enfermeiro, o PCP reafirma que os enfermeiros têm um papel fundamental na prestação geral de cuidados de saúde que constitui um direito fundamental da população portuguesa e, por consequência, sublinha a importância dos enfermeiros no bom desempenho do SNS.