Pergunta ao Governo N.º 3141/XI/1

Salvar o Museu da Cortiça da Fábrica do Inglês em Silves

O Museu da Cortiça da Fábrica do Inglês, inaugurado em 1999 e distinguido em
2001, pelo Fórum Museológico Europeu, com o Prémio Micheletti, para Melhor
Museu Industrial da Europa, ano em que foi visitado por mais de 100 mil
visitantes, fechou recentemente as suas portas devido a dificuldades financeiras.
Manter em funcionamento aquele que era um dos principais equipamentos
turísticos de Silves e preservar o acervo do museu, considerado como o maior
acervo documental do mundo sobre a história da indústria da cortiça, constitui
sem dúvida um imperativo que não pode deixar de merecer do Governo a maior
atenção. São mais de 150 anos de maquinaria e documentação comercial. Um
espólio único que se impõe salvaguardar e valorizar o que exige, desde logo,
preservar e classificar a antiga fábrica Avern, Sons & Barris como parte integrante
do Museu da Cortiça.
Não pode o Governo, Ministério da Cultura e da Economia/Turismo de Portugal,
ignorar esta dramática situação e deixar de intervir, na forma que considere mais
adequada, à salvaguarda de um património tão importante.
Salvar e assegurar o funcionamento do Museu da Cortiça da Fábrica do Inglês
não é apenas um desígnio de interesse local ou regional mas de interesse
nacional.
Assim, ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, requeiro,
através de V. Ex.ª, ao Governo, resposta à seguinte pergunta:
1. Face ao risco eminente de se perder o espólio que constitui o espaço, a
maquinaria e o acervo documental que constitui o Museu da Cortiça da Fábrica do
Inglês, em Silves, que medidas vai o Governo tomar no sentido de assegurar a sua
salvaguarda e continuidade ao serviço do desenvolvimento de Silves e do Algarve e,
em consequência, do País?

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