Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Rumo a uma interpretação mais eficaz e economicamente mais rentável no Parlamento Europeu

Este relatório pretende dar mais uma machada no princípio do multilinguismo.
Para além dos cortes efectuados em anos anteriores (no orçamento deste ano foram superiores a 20%), defendem ainda cortes adicionais no futuro, mesmo com a existência de mais uma língua oficial, com a entrada da Croácia, e tendo em conta as despesas adicionais que tal acarreta.
Como sempre, os cortes são justificados com o pretexto de aumento de eficiência dos serviços de interpretação.
São ignorados os efeitos dos cortes já feitos na qualidade e abrangência dos serviços e na limitação do direito dos deputados a expressarem-se e a trabalharem na sua língua materna.
Existem já hoje claras insuficiências nos serviços de interpretação, como seja a inexistência de interpretação para algumas línguas em reuniões de comissão e delegação em que os respectivos deputados estão presentes; ou em inúmeras reuniões de trabalho, como reuniões de relatores-sombra e outras.
Este relatório traça também o caminho para a promoção da precariedade laboral entre os trabalhadores dos serviços de interpretação, pondo em causa os seus postos de trabalho e os seus direitos.
Inaceitável.
Por estas razões votámos contra.

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