Este relatório pretende dar mais uma machada no princípio do multilinguismo.
Para além dos cortes efectuados em anos anteriores (no orçamento deste ano foram superiores a 20%), defendem ainda cortes adicionais no futuro, mesmo com a existência de mais uma língua oficial, com a entrada da Croácia, e tendo em conta as despesas adicionais que tal acarreta.
Como sempre, os cortes são justificados com o pretexto de aumento de eficiência dos serviços de interpretação.
São ignorados os efeitos dos cortes já feitos na qualidade e abrangência dos serviços e na limitação do direito dos deputados a expressarem-se e a trabalharem na sua língua materna.
Existem já hoje claras insuficiências nos serviços de interpretação, como seja a inexistência de interpretação para algumas línguas em reuniões de comissão e delegação em que os respectivos deputados estão presentes; ou em inúmeras reuniões de trabalho, como reuniões de relatores-sombra e outras.
Este relatório traça também o caminho para a promoção da precariedade laboral entre os trabalhadores dos serviços de interpretação, pondo em causa os seus postos de trabalho e os seus direitos.
Inaceitável.
Por estas razões votámos contra.