O desenvolvimento da aquacultura comporta um potencial considerável ainda por explorar.
Fazê-lo de forma sustentável exige um forte apoio à investigação científica e ao desenvolvimento tecnológico - uma exigência distante da realidade quotidiana de Laboratórios do Estado e demais instituições públicas asfixiadas financeiramente.
A diminuição da dependência face ao pescado selvagem para alimentação das espécies cultivadas, a melhoria do rendimento da actividade, o incremento da conversão alimentar, o cultivo de espécies autóctones, incluindo espécies de água-doce, algas e espécies herbívoras, a par da diminuição dos impactos ambientais da actividade, são linhas a prosseguir no desenvolvimento da aquacultura.
Os apoios ao investimento são igualmente benvindos e necessários.
O desenvolvimento da aquacultura deve ser encarado numa lógica de complementaridade com a pesca, que deve salvaguardar especialmente a pesca de pequena escala, costeira e artesanal, e privilegiar as pequenas e médias empresas.
Digo complementaridade e não substituição ou alternativa, nem sequer competição, como alguns parecem erradamente sugerir ou apontar.