É preocupante a desvalorização cada vez maior por parte das
instituições europeias das consequências sociais deste acelerar do
neoliberalismo que não só mantém elevadas taxas de desemprego, pobreza
e exclusão social, como aumenta o trabalho precário e mal pago,
tentando que a chamada "flexisegurança" se resuma a obrigar os
trabalhadores a abandonar os seus direitos fundamentais e a aceitar
empregos cada vez mais precários.
As medidas que estão a ser concretizadas e outras que se anunciam, como
a liberalização e desregulamentação dos serviços e o sucessivo
desmantelamento de serviços públicos, estão a esvaziar o conceito de
"modelo social europeu", o que merece a nossa veemente oposição.
Por isso, crescem os protestos contra estas políticas, como aconteceu
em Lisboa, no dia 12 de Outubro com a grandiosa manifestação promovida
pela CGTP, a maior desde os anos oitenta, com cerca de 100 mil
trabalhadores. Não consideram que é tempo de ter em conta estas justas
indignações?