Os capítulos mais firmes dos Acordos de Livre Comércio não compensam os impactos negativos causados nem tão pouco os constrangimentos impostos ao espaço político dos governos para regulamentar. Não basta maquilhar os acordos de livre comércio, dando-lhes uma aparência mais aceitável; o que deve mudar é o seu amago, os seus objetivos. Em vez da imposição de acordos alinhados com os interesses das principais potências, que comportam consequências desastrosas para outros países, devem em primeiro lugar passar a ser competência dos Estados-Membros, e celebrar, sim, acordos de cooperação e comércio que assegurem os interesses dos Estados, na base de relações mutuamente vantajosas.