O governo de Israel recentemente empossado contém no seu programa um plano de anexação de 30% do território da Margem Ocidental do Jordão na Palestina, plano indissociável do “acordo do século”, orquestrado entre o governo sionista e a administração Trump. Este acordo prevê, entre outras coisas, garantir a anexação e a ligação dos colonatos ilegais, a afirmação da soberania israelita sobre territórios ocupados pela força, a ocupação total de Jerusalém, a exigência de um eventual estado palestiniano desmilitarizado, a rejeição do retorno dos refugiados e um controlo de fronteiras por parte de Israel.
Este plano, se consumado, poria em causa a solução da questão palestiniana baseada nas relevantes resoluções das Nações Unidas, nos inalienáveis direitos do povo palestiniano, com a criação do Estado Palestiniano soberano e independente, nas fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém.
Esta questão não será tolerada pelos palestinianos, cuja Autoridade já afirmou que a apresentação do plano teria como resposta a declaração da sua soberania sobre a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.
Pergunto:
- Como entende a evidente intenção do Governo Israelita de violar várias resoluções da ONU? Irá condenar pública e firmemente esta intenção?
- Irá proceder ao reconhecimento imediato do Estado da Palestina nas fronteiras de 1967?
- Caso a anexação se materialize, proporá o cancelamento de acordos económicos e de Associação com Israel?