A preocupante situação na Ucrânia foi objecto de debate neste Parlamento em termos que nem sempre foram os mais correctos, o que, de certo modo, se reflecte na resolução comum adoptada, de que nos distanciámos. Pela nossa parte, consideramos que é fundamental haver um empenhamento na estabilidade da Ucrânia, pronunciando-nos a favor de uma resolução pacífica do conflito, sem ingerências externas, não desconhecendo, no entanto, que já houve excessivo intervencionismo externo em todo este processo. Sabemos que a contenda que se mantém na Ucrânia é resultado de um conflito interno entre os que se bateram pelo fim da URSS, que avançaram para o processo de restauração capitalista, e que agora se confrontam também com novas pressões externas, designadamente dos EUA, para alargar a influência da NATO. Por isso, não nos parece correcto que se intervenha a tomar partido por uma ou outra parte em conflito. O povo ucraniano deverá encontrar o seu próprio caminho.