A situação é muito complexa, mas o resultado das eleições palestinianas não deverá ser utilizado para colocar em causa, uma vez mais, os inalienáveis direitos do povo palestino a resistir contra a ocupação, à liberdade, a um Estado independente e soberano, com Jerusalém Leste como capital. Ou para colocar em causa a ajuda financeira à Autoridade Nacional Palestiniana, de forma a dar resposta às necessidades mais básicas do povo palestino. Ou ainda para alimentar a escalada militar dos EUA em toda a região do Médio Oriente. A solidariedade para com a heróica luta do povo palestino e para com as forças do movimento nacional palestino e a OLP é tão premente como antes. Por fim, lamentar que a maioria do PE tenha rejeitado as alterações apresentadas pelo nosso Grupo que: - apelavam a Israel para que respeite as resoluções da ONU e as recomendações do Tribunal de Justiça Internacional; - e sublinhavam como questão central o fim bloqueio do processo de paz, da ocupação militar, do desenvolvimentos dos colonatos, do muro, dos assassinatos, das detenções, da recusa de libertar prisioneiros, da violência a que está submetido e da degradação dramática das condições de vida do povo palestino impostas por Israel e seus aliados, como os EUA.