No seguimento das anteriores resoluções do Parlamento Europeu, manifesta-se nesta resolução a intenção de "reforçar a parceria" entre os EUA e a União Europeia (UE), restaurando e renovando o esforço para a partilha de influências e dominação entre ambos os blocos capitalistas. Num claro sinal de que é mais aquilo que os une do que aquilo que os divide, a UE faz o papel de apoio ao big brother americano, que historicamente lhe tem estado acometido. A hipocrisia e o cinismo existentes deste e do outro lado do Atlântico - que também se revela no caso recente do apoio aos países afectados pelo Tsunami na Ásia, visível quando comparamos estes apoios com as verbas gastas na guerra - manifesta-se no poder de decidir quem pode e não pode ter armamento e que tipo de armamento, quem são as organizações e os países democráticos e como definir o quadro de dominação política de instituições como o Conselho de Segurança. Aí procuram concertar posições para assegurar o status quo legal para a dominação do Mundo, ultrapassando as divergências em relação ao ataque e invasão do Iraque, à violação do direito internacional, ao Tribunal Penal Internacional e à não rectificação do Protocolo de Quioto, propondo a criação de uma "comunidade de acção" para impor ao mundo o modelo capitalista.