Poderá compreender-se melhor o reais objectivos desta resolução se lermos a resolução sobre as Relações Transatlânticas, debatida nesta sessão plenária, que solicita uma "parceria" EUA/UE e o seu "empenhamento activo na reforma da ONU, em especial do Conselho de Segurança, incluindo a sua composição,... para autorizar o recurso à força para resolver conflitos internacionais, tendo em vista aumentar a sua eficácia e responsabilidade, bem como a capacidade de pôr em prática as suas decisões". Apesar da sua linguagem mistificada, a resolução não consegue esconder que se pretende que a ONU "legitime" e "normalize" a adopção das ditas "medidas preventivas" e "ingerência humanitária" e "a possibilidade de usar a força", nomeadamente pelos exércitos dos países da UE "convertidos" em forças de intervenção exterior. Isto é, transformar as Nações Unidas num instrumento que, manipulado pelos EUA em parceria com a UE (França, Grã-bretanha e Alemanha), "branqueie" a sua política imperialista, a sua ingerência e agressões à soberania dos Estados e dos povos. Por isso, a resolução apoia a militarização em curso da UE e ambiciona um lugar no Conselho de Segurança, após a aprovação da dita "constituição europeia", para este bloco político-militar em construção. A paz também está nos NÃOS dos referendos francês e holandês!