Trata-se de uma resolução que, não só não coloca em causa nenhum dos eixos e políticas fundamentais da União Europeia - as suas políticas capitalistas neoliberais, o federalismo, o seu crescente militarismo - nem denuncia as suas gravosas consequências para os trabalhadores e populações nos diferentes países, como reafirma estas mesmas orientações e prioridades, mistificando-as com a introdução de preocupações sociais.
Entre outros exemplos, insiste na necessidade da denominada "constituição europeia". Tem medo do debate sobre as próximas perspectivas financeiras (a partir de 2006) - pasme-se -, argumentando com a proximidade das eleições europeias. Congratula-se com a militarização da UE. Não coloca em causa as políticas de liberalização - apenas refere uma mais cuidadosa consideração das suas "eventuais consequências". Rejeita a proposta de alteração que propunha a reavaliação do mandato da Comissão para a OMC. Enfim, um rol de mais do mesmo.
De fora fica a análise do agravamento da realidade económica e social nos diferentes países da UE, assim como a critica às políticas que estão na sua causa. Aliás, outra coisa não seria de esperar das forças políticas que, no PE, na Comissão e nos governos, decidem as políticas ao nível da UE.