A dívida externa dos países em desenvolvimento é um mecanismo para os explorar e subordinar aos países e instituições financeiras internacionais credoras e aos interesses económicos que representa.Esta é ilegítima e imoral, pois constitui um grave entrave ao desenvolvimento, desvia avultadas quantias das necessidades básicas destes países e dos seus povos, que na sua maioria consagram mais recursos ao pagamento da dívida que ao total das despesas de saúde e educação; impedindo-os de fazer frente a doenças como o SIDA e a tuberculose ou a problemas como o analfabetismo, entre muitos outros.A manutenção da dívida é inaceitável. Aponta-se que os países endividados pagaram já mais de sete vezes o que deviam em 1982 e viram, ainda assim, a sua dívida aumentar quatro vezes. Têm ainda, na sua maioria, uma história de exploração colonial que os torna credores e não devedores dos países industrializados.A subsistência desta situação é mais incompreensível após o perdão de 80% da dívida do Iraque, por imposição da potência militar ocupante USA e segundo cálculos de participação na exploração da riqueza deste país e do chorudo "negócio" da reconstrução.É portanto imprescindível a anulação da dívida externa dos países e desenvolvimento, para que se possam construir um mundo mais justo.