É verdade que o Mediterrâneo tem uma importância estratégica para toda a Europa e que é necessário desenvolver uma política mediterrânica solidária para fazer face aos múltiplos reptos comuns que representam a paz, a estabilidade, o terrorismo, a compreensão mútua, a luta contra o tráfico de seres humanos e o objectivo de criar uma zona de prosperidade partilhada. Mas isso não pode significar crescentes ingerências na vida política de cada País nem pode justificar acções repressivas e militaristas que possam ter efeitos exactamente contrários aos enunciados, como algumas experiências recentes já demonstraram. Toda a zona do Mediterrâneo é particularmente sensível e exige um cuidado muito especial, com destaque para a necessidade de apoiar a paz no Médio-Oriente, tendo em conta a defesa dos interesses da Palestina e o cumprimento das respectivas Resoluções da ONU. Daí o nosso distanciamento relativamente a alguns aspectos desta Resolução aprovada pelo Parlamento Europeu.