A recente evolução da situação no Líbano não pode ser considerada fora do contexto do agravamento da situação no Médio Oriente, onde se reforça a escalada de ingerência e de intervenção e ocupação militar dos Estados Unidos e seus aliados, procurando assegurar o domínio da região e dos seus importantíssimos recursos, concretizando o seu projecto denominado "Grande Médio Oriente". Aliás, é no quadro de crescentes pressões e ameaças dos Estados Unidos dirigidas a países da região - como a Síria e o Irão -, para as quais procurou assegurar o apoio da França e da Alemanha nas recentes cimeiras com União Europeia e da NATO, que se procuram desenvolver linhas de cobertura a perigosas aventuras e escaladas de desestabilização na região, nomeadamente no Líbano - procurando minar a sua unidade nacional e o cumprimento dos Acordos de Taef -, que poderão ter graves consequências. A presente resolução escamoteia o problema e questão fundamental - "a causa das causas" -, ou seja, o papel dos Estados Unidos e de Israel - que ocupa militarmente territórios da Palestina, da Síria e mesmo do Líbano - no agravamento da situação no Médio Oriente. Daí o nosso desacordo com a sua linha geral.