Condenamos firmemente as violações de mulheres e crianças e todas as violações de direitos humanos perpetradas na RDC. O fim destes actos só será possível com o fim da presença militar estrangeira e da ingerência externa, factores que alimentam o conflito. As missões da ONU e da UE já provaram que não são a solução, são parte do problema. O nosso Grupo propôs "pôr termo às missões EUPOL e EUSEC na RDC, na medida em que se reconhece o seu contributo negativo para a escalada da violência e a situação no país mediante a formação das forças de segurança que cometem crimes contra a população civil".
A maioria do PE preferiu rejeitar esta proposta, colocando-se ao lado dos que querem manter o conflito e dele beneficiam. A paz apenas será alcançada com um acordo político entre os vários actores envolvidos, tanto internos como externos. Desde logo, os países da região, nomeadamente o Ruanda e o Uganda, que violam a soberania e independência da RDC e são parte activa do conflito. Mas, sobretudo, os EUA e a UE, principais beneficiários de uma economia de guerra que se mantém pela venda de minerais importantes para produzir os componentes de computadores e telemóveis de empresas americanas e europeias.