É necessário que os EM tenham legislação adequada mas que tenham também os meios para a fazer cumprir. Hoje em dia, os empregadores contornam as leis através da feminização das categorias profissionais, estabelecendo valores salariais mais baixos nestas, embora sejam categorias que se podem equiparar às desempenhadas predominantemente por homens. Só uma inspecção de proximidade pode detectar estes casos. As recomendações podem ser importantes. No entanto, as expressões de vontade de acabar com estas discriminações são infrutíferas se não se alterarem as políticas laborais que a UE promove. Quando a Comissão Europeia, no quadro das troikas, insiste na flexibilização, na individualização dos contratos de trabalho, no enfraquecimento da contratação colectiva, está a desproteger as mulheres e a promover a discriminação salarial. Apesar desta contradição, e da resolução não rejeitar estas políticas, estamos de acordo com os princípios enunciados.