Esta resolução faz considerações de que discordamos e assenta em pressupostos que, com rigor, não correspondem à realidade. De forma implícita, a maioria do PE continua a falar do Tibete como um território ocupado pela China, quando nem as potências que instigam e apoiam os movimentos separatistas desta região autónoma põem em causa a integridade territorial da República Popular da China. Nunca é demais relembrar que o Tibete está unido, com diversos graus, à China desde o século XIII, e que à época da revolução popular chinesa, em 1949, vigorava no Tibete um regime feudal onde a maioria da população era constituída por servos e escravos, com uma forte concentração da terra e dos meios de subsistência. E que em 1959 um grupo separatista chefiado pelo Dalai Lama lançou uma rebelião armada para defender a retrógrada servidão feudal.
Faltando dados objectivos e mais actuais, esta resolução repesca argumentos passados e inventa novos para continuar a sua linha de confronto e ingerência nos assuntos internos da China, afrontando o direito internacional. Tudo serve de pretexto à maioria do PE para tentar ingerir nos assuntos internos da China. Tudo serve de pretexto para procurar fomentar a desestabilização e impor os interesses geoestratégicos e económicos da UE e das suas grandes potências.