Duzentas palavras serão sempre insuficientes para desmontar mais uma manobra que se insere na política de isolamento e discriminação de Cuba por parte da UE, seguindo, de forma subserviente, as exigências dos EUA. UE que, na sua posição comum de 1996, inscreve como seu objectivo a modificação do sistema político em Cuba, ingerindo-se, de forma inaceitável, numa questão que só ao povo cubano cabe. Recorde-se que foi a maioria deste mesmo PE que cinicamente, criticou o bloqueio dos EUA a Cuba, para melhor exigir a continuidade das sanções impostas a Cuba pela UE e que não tem uma palavra de solidariedade para com os cinco patriotas cubanos injustamente detidos nos EUA, por defenderem o seu país contra acções terroristas. Mas por mais que doa à maioria do PE, Cuba significa a esperança e a confiança numa vida digna para milhões de homens e mulheres. País que, apesar do bloqueio, alcançou, em 2005, o maior crescimento económico dos últimos 45 anos. País, que assumirá a presidência e será anfitrião da Cimeira dos países não alinhados, em 2006.País que envia dezenas de milhar de médicos, de professores, de treinadores desportivos - e não exércitos para ocupar, explorar e oprimir - para numerosos países, no mais genuíno acto de cooperação e solidariedade.