A presente resolução inscreve-se num conjunto de iniciativas que acompanham a recente escalada de ingerência e agressão contra Cuba, levada a cabo pelos EUA, há já 40 anos. Nesta escalada destacam-se as actividades do novo representante dos EUA em Havana, James Cason, que abertamente violam a soberania de Cuba, através de apoio e de financiamento de "membros da oposição", visando desestabilizar as instituições cubanas ou, mesmo, preparar as condições que viriam a pseudo-justificar uma agressão militar a Cuba. A resolução não diz uma única palavra sobre os actos de terrorismo e sequestros realizados, que acompanharam o desenvolvimento da acção de James Cason em Cuba, representando uma mudança qualitativa no processo de ingerência. A resolução condena o embargo dos EUA a Cuba. Não pela ilegitimidade, ilegalidade internacional ou graves consequências do bloqueio para a economia e para as condições de vida do povo cubano. Mas porque "não constitui uma abordagem construtiva no sentido de promover a mudança e a reforma do regime cubano". As medidas adoptadas pela UE representam a submissão à política da Administração Bush. A "cooperação" não deve ser utilizada como instrumento de ingerência. Pelo contrário, a UE deve adoptar e desenvolver uma política de cooperação mutuamente vantajosa e no respeito da soberania e independência de Cuba.