África é um fruto muito apetecido. A exploração dos seus imensos recursos e o seu domínio é ambicionada pelas principais potências capitalistas, veja-se o aumento da presença, das operações e bases militares dos EUA, França, Grã-bretanha ou Alemanha neste continente. A intervenção militar na República Democrática do Congo está imbuída desta lógica, abrindo caminho para mais operações militares no futuro. Recorde-se que se trata da segunda intervenção sob o chapéu da "UE" que se realiza neste país, após a designada "Artemis", com tropas francesas, em 2003. Em vez de procurar promover o fim da exploração ilegal dos recursos naturais, inclusive a realizada por empresas de países da UE, e o fim da ingerência externa neste País. Em vez de responder aos pedidos de ajuda humanitária das Nações Unidas. Em vez de promover e apoiar financeiramente o processo de desarmamento e o desenvolvimento económico-social, assegurando que a exploração dos recursos naturais seja realizada por, e em beneficio, da população deste País. As grandes potências da UE - França e Alemanha, a que se associa o Governo português -, enviam mais tropas para um país onde já se encontram estacionados mais de 15000 militares no quadro da MONUC. Daí o nosso voto contra.