Declaração de voto de Pedro Guerreiro no Parlamento Europeu

Resolução sobre o Conselho Europeu, de 23 e 24 de Março - Estratégia de Lisboa<br />Declaração de Voto de Pedro Guerreiro

Não por acaso, antecedendo o Conselho Europeu, realiza-se, 16 e 17 de Março, o que se poderia designar por "assembleia-geral" do grande patronato. Nesta, têm a sua participação garantida, nada mais, nada menos que: o Chanceler austríaco e actual Presidente do Conselho da UE, o Presidente da Comissão Europeia e os comissários: das empresas e da indústria, do ambiente, da concorrência, da ciência e da investigação e da sociedade da informação e meios de comunicação. Participando ainda os responsáveis governamentais dos chamados "programas nacionais de reforma" de cada país. O grande patronato deseja apresentar o seu caderno de encargos que reafirmará a exigência da concretização das ditas "reformas estruturais" - eufemismo para a política de direita -, cujo real significado os trabalhadores conhecem e sentem: a precarização do trabalho e a perda de valor dos salários; o aumento da duração e tempo de trabalho e da idade de reforma; a degradação dos serviços públicos, e sua posterior liberalização e privatização, com ênfase para a energia e as comunicações, mas igualmente a segurança social, a saúde e a educação e a investigação; com o seu rol de exploração, desemprego e pobreza. É a esta agenda que, com o nosso voto contra, a maioria do PE se associa ao aprovar esta resolução.

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