Este Conselho Europeu foi mais uma reafirmação dos objectivos da "Governação Económica", do "Pacto para o Euro Mais", da "Estratégia 2020" e do "Pacto de Estabilidade e Crescimento". Foi a reafirmação das mesmas políticas que conduziram à actual dramática situação social e que a aprofundam através do aumento do desemprego, da diminuição dos salários, da retracção do Estado social e do fim dos serviços públicos.
O pacto orçamental e fiscal e o Mecanismo Europeu de Estabilidade constituem um inaceitável ataque à soberania dos países que deixam de poder decidir soberanamente em termos de matéria orçamental, abrindo assim caminho ao estabelecimento de relações de tipo colonial na UE, onde quem manda é o grande capital e as grandes potências, como a Alemanha.
As inevitáveis e habituais declarações dos que sempre se congratulam com os resultados destas cimeiras, mais uma vez, aí estão. Mas sem conseguirem esconder que as cimeiras se sucedem (são já três dezenas, as realizadas sob o espectro da "crise do euro") ao mesmo tempo que a crise se alastra e aprofunda.
Evidentemente, votámos contra uma resolução que se congratula com estes instrumentos e estas políticas; que pede à Comissão propostas legislativas que efectivem mais uma autêntica declaração de guerra aos trabalhadores e aos povos, saída deste Conselho Europeu.