O título da presente resolução, aprovada pela maioria do PE, é elucidativo quanto ao seu real propósito: apoiar a recente escalada e agudização da situação quanto ao programa nuclear do Irão. Não é por acaso que a maioria do PE rejeita a proposta de alteração apresentada pelo nosso Grupo parlamentar que insistia "numa resolução política pacífica do litígio sobre os programas nucleares do Irão" e reafirmava "a sua oposição a toda e qualquer acção militar ou ameaça de uso da força", salientando que "uma escalada do litígio conduziria ao agravamento da crise na região". O mesmo se passando com outras propostas de alteração que reiteravam que exortavam "a todos os países a absterem-se de qualquer ameaça à integridade territorial do Irão e a distanciarem-se, de forma inequívoca, de qualquer ataque preventivo". A maioria do PE em vez de apoiar medidas que promoveriam o desanuviamento das relações internacionais, pelo contrário, apoia que o Conselho de Segurança da ONU assuma o acompanhamento da situação. Exigência há muito colocada pelos Estados Unidos, que procuram através desta medida isolar internacionalmente o Irão e pseudo-legitimar novas ingerências e perigosas aventuras militares, para impor o seu domínio na Região e defender os seus interesses económicos. Daí o nosso voto contra.