Esta resolução crítica, com razão, a concessão de cidadania aos detentores de capital para atrair actividades económicas que, pela sua natureza, poderão gerar fraude, fuga e evasão fiscais e o branqueamento de capitais. Trata-se no entanto de uma forma hipócrita de ingerência numa concessão de direitos sintonizada com a política de emigração da UE e o seu carácter discriminatório, elitista e repressivo dos trabalhadores de menores habilitações e formação e sem meios, em benefício das grandes potências e do grande capital.
Esta resolução serve para promover a UE e ao mesmo tempo escamotear responsabilidades das suas políticas nos problemas causados nos países de origem dos imigrantes.
Votámos favoravelmente o primeiro parágrafo desta resolução por também nós condenarmos estas legislações, embora discordemos da "ideia" de cidadania europeia que, como bem sabemos, não existe e constitui um cavalo de tróia para aliciar os povos a aceitar a perda da sua soberania e o domínio das grandes potências e do grande capital na UE. A cidadania e os direitos que a ela estão (ou deviam estar) associados, estão no cerne da identidade e da soberania nacional, têm potencial de mobilização, luta, progresso, sendo este o carácter que federalistas de vários matizes procuram livrar-se.