A resolução inscreve-se na ambição da criação de uma denominada "parceria bem equilibrada" entre a UE e os EUA, "baseada na igualdade" e para a "perseguição de interesses globais comuns" - ou seja, para o domínio e partilha do Mundo entre estes dois pólos capitalistas.
Procurando ultrapassar "divergências", defende o aprofundamento das relações entre a UE e os EUA, apontando a necessidade de a UE se desenvolver como bloco político-militar. Assim, defende a criação de uma verdadeira PESC, a extensão da decisão por maioria qualificada (nomeadamente no comércio externo e PESC), a criação de um serviço diplomático europeu comum, uma cooperação reforçada na defesa e a utilização "acrescida e mais eficiente" das capacidades militares, no quadro da NATO e especificamente das conclusões da recente Cimeira de Praga desta organização. Propõe ainda a criação de um "mercado transatlântico" que contribua para acelerar as decisões da OMC.
Significativamente, a resolução faz ainda a referência, sem qualquer critica, às recentes declarações de ex-responsáveis governamentais norte-americanos, que em carta aberta estabelecem um quadro de relações entre os EUA e a UE - naturalmente, com o domínio do primeiro e a subserviência da segunda - e avançam com propostas inaceitáveis de ingerência clara em processos negociais entre os países da UE.
Daí o meu voto contra.