O texto subscrito pela maioria do Parlamento Europeu promove o branqueamento do papel das potências militares que detêm estas tecnologias, particularmente dos EUA - cujas listas de assassinatos são previamente aprovadas ao mais alto nível da administração norte-americana -, da sua procura de intimidação e domínio de países e povos e da forma impune como têm matado milhares de pessoas. Face a assassinatos de supostos inimigos e de (muitos) inocentes, o texto agora aprovado limita-se à "apreensão", não condenando - e assassinatos exigem condenação - o uso diário destes aparelhos não tripulados em vários países, tecnologias cuja vocação fundamental é assassinar e destruir infra-estruturas, nada tendo que ver com qualquer defesa da integridade territorial e da soberania do povo e do país que detém estes "drones armados".
E relativamente a propostas para o futuro, o texto defende apenas a proibição de "execuções extra-judiciais" e de "operações ilegais", procurando dessa forma encobrir a continuação dos assassinatos com a capa de uma suposta legalidade. Pela nossa parte continuamos a defender a solução pacífica, a responsabilidade das instituições soberanas de justiça de cada país e a presunção de inocência e nunca os assassinatos como suposta forma de justiça.
Por estas razões votámos contra esta resolução.