Perante a impune escalada da agressão israelita ao povo palestiniano,
de que é exemplo o massacre de Beit Hanoun e o criminoso e desumano
cerco à Faixa de Gaza, transformada num gigantesco campo de
concentração, o PE - escamoteando ter caucionado a participação da UE
no bloqueio, nomeadamente financeiro, à Autoridade Palestiniana -
condena o exército israelita pelo massacre perpetrado e pelas suas
acções, que denomina de "desproporcionadas".
Perante a evidência clamorosa da brutal agressão israelita ao povo
palestiniano, o PE apenas "regista" o vergonhoso veto dos EUA a uma
proposta de resolução apresentada no Conselho de Segurança que
repudiava a agressão israelita, quando é necessário denunciar a
cumplicidade e responsabilidade dos EUA nas agressões e crimes
perpetrados no Médio Oriente, designadamente por Israel.
Mais do que propor a presença de tropas estrangeiras em Gaza e na
Cisjordânia, que poderiam promover a manutenção dos status quo, o que
se exige é a condenação de Israel face à sua política colonialista, à
construção do muro ilegal, à repressão sistemática do povo
palestiniano, à destruição das infra-estruturas, a todos os obstáculos
que coloca ao funcionamento das legitimas Autoridade Palestiniano e à
criação de um Estado Palestiniano independente e soberano, com capital
em Jerusalém.