O debate realizado demonstrou, de forma clara, os reais propósitos desta iniciativa no Parlamento Europeu: uma deplorável tentativa de ingerência na Nicarágua.
No debate ficou patente o grotesco esforço de deturpação da realidade dos factos por parte daqueles que, no fundo, estão contra o actual processo, democrático e soberano, de progresso e de desenvolvimento nacional, na Nicarágua.
No entanto, o alcance desta manobra ficou logo amputado e limitado à partida, apenas 52 (dos 783 deputados do Parlamento Europeu) participou na votação.
No fundo, como afirmámos na nossa intervenção, esta resolução, aprovada por 52 deputados do Parlamento Europeu, apenas tem como objectivo procurar intrometer-se e impor, por pressão externa, decisões que só ao povo nicaraguense compete soberanamente tomar.
O debate e a resolução aprovada demonstram a profunda hipocrisia do Parlamento Europeu e da União Europeia que tendo a pretensão de dar lições de democracia e direitos humanos ao mundo, logo os esquecem ou secundarizam relativamente a Israel, que coloniza há mais de 40 anos os territórios palestinianos da Cisjordânia, da Faixa de Gaza (brutalmente sitiada) e de Jerusalém Leste, violando o direito internacional, reprimindo, explorando, negando os mais legítimos direitos e impondo as mais ignóbeis humilhações e desumanas condições de vida ao povo palestiniano.