Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Resolução sobre a Estratégia de Lisboa

Na União Europeia (UE) temos vindo a assistir a um aumento dos níveis de pobreza, do trabalho precário e das desigualdades, situação que poderá agravar-se no contexto da actual crise económica e financeira, uma vez que as previsões apontam para uma tendência de recessão e para um aumento do número de desempregados.

Para isso têm contribuído as políticas consagradas na Estratégia de Lisboa e na Estratégia Europeia de Emprego, que promovem a desregulamentação financeira, a liberalização dos mercados e a precariedade dos vínculos laborais. Assim, o que se impunha era uma ruptura com estas políticas, Mas, face ao agravamento das condições sociais e económicas, a resposta (ou não resposta) da UE reflecte as suas opções de classe, insistindo na continuação das políticas que promovem a acumulação de lucros colossais por parte dos grandes grupos económicos e financeiros, em detrimento das condições de vida dos trabalhadores e das populações.

Ora, o que se impõe é a inversão das actuais políticas macro-económicas e a defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores. É necessária uma política alternativa que garanta uma repartição equitativa dos recursos, estimule a actividade económica, crie empregos, reforce o papel do Estado na economia, dinamize a procura, incentive o crescimento de micro e de pequenas e médias empresas e reforce o investimento, tendo em linha de conta as necessidades e especificidades de cada Estado-Membro.

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