É inaceitável que, mais uma vez, a maioria do Parlamento Europeu, mas,
neste caso, expressa apenas em 50 votos, insista em discriminar Cuba,
em ignorar o escandaloso bloqueio económico em que os EUA persistem,
apesar da condenação internacional dessa medida tão lesiva do povo
cubano.

O que se impõe é que o Conselho da União Europeia anule definitivamente
as sanções impostas em 2003 -e suspensas temporariamente em 2005- ,
estabeleça o diálogo político com Cuba, numa perspectiva construtiva e
de respeito mútuo.

É tempo de pôr fim a uma posição negativa relativamente a Cuba e que não tem paralelo com qualquer outro País.

É tempo de anular definitivamente a Posição Comum, abrindo a via à
normalização das relações da União Europeia com Cuba, e contribuindo,
assim, para melhorar as relações da União Europeia com a América Latina
e as Caraíbas, para reforçar a cooperação com toda aquela região do
Mundo. Desse modo, criar-se-iam condições para reforçar a resposta aos
Objectivos do Milénio em termos de apoio ao desenvolvimento com os
países do sul, da América Latina e de África, em que Cuba tanto se tem
empenhado, numa actividade de grande solidariedade, designadamente na
área da saúde, e que a União Europeia não só devia reconhecer como
apoiar.