Procurando fugir ao debate e ao escrutínio público democrático, fingindo que não é essencial o que é evidentemente essencial, a Comissão quer alterar a regulamentação relativa ao tempo de voo dos pilotos e do pessoal de cabine.
Como sempre, embrulham a proposta numa retórica que diz defender o que precisamente querem por em causa: neste caso, a segurança de trabalhadores e passageiros.
A Comissão mostra, mais uma vez, sem disfarce, ao serviço de quem está.
Por mais que as associações patronais do sector e as grandes companhias de aviação queiram fazer crer o contrário, não se defende a segurança no transporte aéreo atacando os direitos dos trabalhadores, prolongando jornadas de trabalho que nalguns casos são já excessivamente longas. Mas a Comissão, como sempre, faz-lhes o frete.
Já não chega promoverem a concentração monopolista no sector, já não chega imporem a privatização de companhias aéreas de bandeira, como a TAP em Portugal, querem engordar por todos os meios, ainda mais, os lucros dos colossos da aviação à custa dos trabalhadores e da segurança dos passageiros.
Contarão com a nossa oposição e com a luta determinada dos trabalhadores!