Intervenção de

Relatório Zaborska sobre as mulheres e a pobreza na União Europeia<br />Intervenção de Ilda Figueiredo

Não basta lamentar a situação grave de pobreza em que vivem muitas dezenas de milhões de mulheres dos 25 Estados-Membros da União Europeia.Não basta constatar que a pobreza, exclusão social e miséria em que vivem mais de 72 milhões de pessoas na União Europeia é uma violação dos direitos humanos e tem, fundamentalmente, um rosto feminino.É necessário exigir uma mudança radical das políticas económico-sociais que estão a agravar o desemprego, a pobreza e exclusão social e a aumentar as desigualdades na distribuição dos rendimentos.É urgente um corte radical com as políticas neoliberais e as orientações do Banco Central Europeu. É necessário substituir o Pacto de Estabilidade por um Pacto de Crescimento e Emprego e promover uma verdadeira estratégia de desenvolvimento económico-social, pondo fim às privatizações de serviços públicos e da segurança social, garantindo rendimentos que proporcionem bem-estar social e o acesso a sistemas públicos de saúde que incluam, naturalmente, os cuidados de saúde primários e todos os cuidados de saúde para as mulheres.Só assim será possível garantir empregos de qualidade e com direitos, com salários que dignifiquem quem trabalha, e garantir a concretização de todos os direitos humanos a que as mulheres têm direito.

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