O presente relatório é um retrato da cada vez maior preponderância da esfera financeira sobre a esfera real da economia. As medidas propostas para alterar a estrutura legal dos OICVM e seus investimentos, tem como principal objectivo aumentar o comércio transfronteiriças dos fundos de investimento, ao mesmo tempo que pretende retirar todos os obstáculos, incluindo fiscais, visando a maximização da rentabilidade destes fundos, incluindo a fusão de fundos.
Para facilitar este comércio e aumentar a concorrência pretende uma harmonização dos prospectos e das normas de protecção dos consumidores. Por outro lado, quer aumentar as áreas do investimento, nomeadamente em valores imobiliários, o que incrementará o risco para os investidores.
O que se pretende, numa lógica de globalização financeira, é aproximar os mercados financeiros e o modelo dos fundos de investimento da UE ao que se passa nos EUA. E como não podia deixar de ser, os fundos de pensões aparecem no topo das prioridades.
Esta máquina de dinheiro a fazer dinheiro, parasitando a economia produtiva e os direitos de adquiridos de muitos de trabalhadores, maximiza os lucros, nomeadamente da banca e das sociedades de gestão, mas potencia também os riscos de crise financeira e económica.
Por isso, votámos contra.