Reconhecemos as preocupações expressas sobre segurança do aprovisionamento de gás, relativamente à qual os Estados-Membros devem ter um papel activo, designadamente através das suas respectivas autoridades competentes, mas consideramos exagerada a questão colocada relativamente ao gás vindo da Rússia. Se receiam problemas, a solução é a negociação e a diversificação de fontes de abastecimento e de produção e não utilizar esse pretexto para aprofundar a integração europeia, a concentração e centralização das decisões e em "projectos de infra-estruturas que apoiem a integração do mercado interno do gás".
Como referi no debate, a questão mais importante, em termos de futuro, é a crise anunciada do petróleo, pelo que a União Europeia deveria promover activamente a substituição dos refinados de petróleo nas suas frotas, e o melhor substituto é, exactamente, o gás natural.
E não se deveria esquecer que também há gás natural de origem não fóssil, o biometano, produzido a partir de resíduos, como, aliás, vários países europeus estão a produzir, de que destaco a Suécia, a Suíça e a Espanha. É um caminho que devia ser incentivado em termos de investimento comunitário.