A direita e a social-democracia no Parlamento Europeu - e não só aqui -, continuam a procurar impor aos países candidatos à União Europeia o capitalismo neoliberal.
O exemplo da Bulgária fala por si. O PE "louva" as denominadas "reformas estruturais" no quadro do "mercado" e da "concorrência" capitalista, que considera terem-se verificado neste País. Mostra a sua "satisfação" pelo "alargamento do sector privado" e os "progressos realizados na liberalização de indústrias vitais" Mais, "incita" a introduzir uma "maior flexibilidade no mercado de trabalho" e "insta" a manter o ritmo das privatizações. Mais palavras para quê?
Todo o processo de adesão tem sido caracterizado por outras imposições que consideramos inaceitáveis, como as discriminações quanto à circulação de trabalhadores, ao igual acesso ao financiamento comunitário, seja a existência de clausulas de salvaguarda unilaterais que podem ser accionadas contra os interesses destes países, e só destes.
O alargamento processa-se num quadro político e financeiro que não têm em conta nem os interesses de Portugal, nem as necessidades dos novos países candidatos à adesão.
Criticando frontalmente a forma como o alargamento se concretiza, não nos opomos à adesão de novos Estados-Membros, desde que essa seja a vontade do seu povo e sejam salvaguardados os interesses portugueses.