Os efeitos e consequências do surto de COVID-19 afectam as mulheres de forma diferente e têm evidenciado as desigualdades existentes no que diz respeito aos seus direitos e garantias.
O relatório refere alguns efeitos da pandemia na vida das mulheres, nomeadamente a violência sobre as mulheres, o impacto da quarentena nas mulheres, o trabalho não remunerado adicional das mulheres e o acesso à maternidade e serviços de saúde sexual e reprodutiva.
Muitos elementos positivos constam do relatório: a necessidade de os Estados-Membros investirem em sistemas de saúde robustos e resilientes; a referência ao facto de a maioria dos trabalhadores que prestam serviços essenciais serem mulheres e o seu trabalho ser mal remunerado.
Insta os Estados-Membros a apoiarem os trabalhadores essenciais, como os assistentes sociais e de saúde, através da melhoria das suas condições de trabalho, equipamento adequado, “remuneração justa”, desenvolvimento profissional e acesso a serviços como cuidados infantis ou serviços de saúde mental.
Contudo, não menciona investimento e garantia de um sistema público de saúde, nem existe nenhuma referência ao fim e reversão das medidas de austeridade e cortes nos serviços públicos