A PESC é a expressão de uma UE que definitivamente vira costas à sua convergência interna, ao seu desenvolvimento e ao respeito à soberania dos seus Estados-Membros e dos países terceiros, e assume a sua vocação imperialista e o seu interesse de domínio geoestratégico.
Este relatório está completamente alinhado com esta política e o seu aprofundamento: defende que as decisões de política externa no Conselho Europeu deveriam ser tomadas por maioria qualificada (e não por unanimidade); insiste na definição de um mecanismo de sanções da UE; aponta um caminho de aprofundamento da ingerência em países terceiros da sua vizinhança e da externalização de fronteiras; demonstra um desejo neocolonial nas relações com África ou com a América Latina; afronta os países que são um entrave à sua expansão (em particular a Rússia e a China); pede o empenho e o reforço orçamental da sua capacidade militar e agressão, em aprofundada relação com a NATO.
A política externa e de segurança deve ser uma competência dos Estados-Membros, de forma soberana e cooperativa, assegurando que os seus interesses económicos e diplomáticos são salvaguardados, em detrimento da submissão (até através da criação de um corpo diplomático próprio) aos interesses da UE (e dos interesses de quem manda nela).