O relatório em apreciação é contraditório e centra-se naquilo a que podemos chamar de “educação para o mercado” e não na “educação para vida" como defendemos.
Apesar disso, o texto contém um conjunto de referências sobre a situação actual nos Estados-Membros que identificam alguns dos problemas existentes, nomeadamente: o sub-financiamento público ao nível do ensino superior e da investigação; a relação entre os custos económicos decorrentes do insucesso e abandono escolar e o seu impacto no crescimento económico dos Estados-Membros; a abordagem à aprendizagem ao longo da vida; a insuficiente rede de ensino pré-escolar, entre outros aspectos.
A contradição insanável deste relatório tem que ver com a subordinação da educação e formação ao cumprimento da estratégia 2020 que, como sabemos, procura estabelecer no conjunto dos Estados-Membros uma escola e um ensino ao serviço dos interesses do mercado e não da formação integral do indivíduo para potenciar a sua criatividade, a elevação da sua consciência individual e colectiva.