A NATO, que tem sido responsável por décadas de guerras e agressões – da Jugoslávia à Líbia –, é um fator de instabilidade das relações internacionais e de insegurança dos povos. Isso está patente no Conceito Estratégico e na denominada “Agenda NATO 2030”, aprovados recentemente na Cimeira de Bruxelas, que dão voz aos setores mais belicistas e reacionários das potências imperialistas e da sua posição de confronto explícito com realidades económicas e políticas emergentes no plano mundial, como a Rússia e a China. O relatório dá nota do natural alinhamento da UE com este bloco político-militar, entendendo que essa relação deverá ser mais estreita. Para tal, saúda o reforço orçamental e institucional do papel da UE nas ações da NATO, no combate às “interferências” externas, no reforço da sua presença nas fronteiras dos países que ameaçam os seus interesses - apoiando a ingerência, a provocação, a agressão. As despesas militares dos países da NATO excedem as do conjunto de todos os outros países do mundo. A NATO não é apenas uma aberração histórica para os defensores da Paz, do direito internacional e da Carta das Nações Unidas que pretende desmantelar e substituir. É uma ameaça real e concreta para o futuro. E a UE é cúmplice.