O presente relatório aborda o conceito de conectividade de forma holística, passando pela mobilidade, comércio, ligações digitais, energéticas, ambientais ou interpessoais.
Enquadrado na estratégia para a conectividade UE-Ásia, defende que essa estratégia seja alargada globalmente. Abordar a conectividade enquanto vector de ligação a outras realidades, a outros mercados, a outras culturas e a outras pessoas, é uma condição de desenvolvimento que mereceria o nosso total apoio.
Investir nas ligações de transportes, estabelecer parcerias, criar espaços de intercâmbio e cooperação, agir solidariamente em defesa da paz, da saúde e do bem comum, são conexões que valorizam os indivíduos, as sociedades e a sua convivência global.
No entanto, este relatório, como expressão da política global da UE e, em específico, das estratégias que a corporizam, tem um entendimento da conectividade como algo intrinsecamente ligado aos interesses dos capitais europeus.
Ou seja, os instrumentos de promoção da conectividade são formas de criar novos mercados para os serviços e produtos da UE, forma de garantir uma presença e um domínio geoestratégico da UE no planeta e um factor de ingerência nas questões internas de países soberanos. A conectividade aparece aqui como ferramenta da UE enquanto projecto imperialista, militarista e neoliberal e opomo-nos a isso.