Este Relatório visa abordar as causas profundas da disparidade no digital entre homens e mulheres, reflectir sobre os dados disponíveis e propor medidas e acções concretas para promover a participação de mulheres e meninas na economia digital.
Encontramos neste relatório pontos positivos, como reconhecer, entre outros aspectos: o impacto da digitalização nas perspectivas de emprego das mulheres e as ramificações do teletrabalho, que pode desequilibrar ainda mais a vida familiar, pessoa e profissional; os estereótipos, que constituem um sério obstáculo à igualdade entre mulheres e homens; as disparidades salariais entre homens e mulheres (as mulheres no sector da informação e comunicação ganham 19% menos do que os homens); a existência de assédio cibernético, incluindo assédio sexual, em escolas, universidades e locais de trabalho e novas formas de assédio sexual e psicológico online durante o período da epidemia COVID-19.
No entanto, este relatório está mais focado nas regras e acesso ao mercado do que nos serviços públicos ou políticas para evitar a disparidade entre homens e mulheres nas TIC. Insiste também na questão do empreendedorismo em vez de abordar a questão dos serviços públicos para permitir um equilíbrio real entre a vida profissional e a vida privada, bem como o acesso universal a materiais e a formações TIC.