Trata-se de um relatório com aspectos positivos, que aponta caminhos interessantes para a prevenção, a regulamentação, o controlo e a fiscalização da corrupção, em diferentes domínios, como a actividade política e administrativa, nos concursos, nas relações internacionais, entre outros. No entanto peca por: - algum vicio federalista, que não acompanhamos, de que são exemplo, a defesa do mandato de captura europeu, o reforço dos poderes da EUROPOL e da EUROJUST ou, ainda, a criação de uma procuradoria europeia, aliás, de forma mal definida, num sentido excessivo e não justificado; - uma certa confusão entre medidas de transparência e medidas de globalização (alfandegárias) com menos atenção aos interesses dos povos e nacionais; - uma perspectiva muito administrativa, muito burocrático e federalista, pouco participada e com pouco controlo político sobre o grande poder económico/financeiro, designadamente: off shores, actividade bancária, câmaras de compensação, ou seja, autênticos institutos de lavagem de dinheiro. Daí o nosso voto de abstenção.