Lamentamos a rejeição das nossas alterações ao regulamento em apreço que salvaguardavam o presente e o futuro dos pescadores, da pesca, e do seu papel estratégico na alimentação, nomeadamente em países como Portugal.
Não podemos deixar de denunciar como um exercício de hipocrisia, quando o PE aceita mencionar a necessidade de medidas socio-económicas para "atenuar" os impactos destes planos, não assegurando, ao mesmo tempo, a garantia jurídica do seu financiamento comunitário, nem condicionando os planos de recuperação à existência destas medidas socio-económicas.
Era exactamente este o propósito das nossas alterações: garantir medidas socio-económicas que compensassem cabalmente as perdas de rendimentos dos pescadores, para que a actividade da pesca tenha futuro.
Ao contrário daqueles que vêem no abate das embarcações um meio de ganhar dinheiro fácil no curto prazo, sem defenderem o futuro do sector e esquecendo o desemprego de muitos pescadores, nós queremos garantir o futuro da pesca.
Face ao problema de sustentabilidade de algumas unidades populacionais de pescado e da necessidade da sua recuperação, a perda de rendimentos decorrentes da paralisação das frotas e pescadores afectados deve ser compensada cabalmente para garantir o propósito original, ou seja, o futuro desta actividade.
Esta é a razão porque não apoiámos o presente relatório.