O relatório sobre a avaliação do Ciclo do Doha é, de um modo geral, negativo, na medida em que considera apenas o comércio (leia-se liberalização e globalização) como o único meio de desenvolvimento para os países em vias de desenvolvimento (PVD). O relatório em si, acaba por reconhecer, embora indirectamente, que tal concepção, tal formula de desenvolvimento não é a adequada para os PVD, ao propor um "mecanismo de integração comercial que lhes permita compensar as perdas eventualmente resultantes da liberalização do comércio".
- A ajuda aos PVD não pode implicar a cedência de importantes sectores da economia como a agricultura e os têxteis, também aqui deve ser tida em conta a possibilidade de introdução de cláusulas de salvaguarda.
- De positivo no relatório é a referência à não liberalização de serviços essenciais como a saúde, a educação, audiovisual, entre outros.
As emendas apresentadas pelo Grupo GUE/NGL tentaram colmatar as deficiências do relatório, ao propor, por exemplo, à Comissão uma reorientação da sua política de comércio internacional, a fim de dar prioridade à equidade e estabilidade dos preços das matérias-primas, à saúde pública, à previdência social, e enfrentar seriamente os problemas da pobreza e do desenvolvimento sustentável.